
SERÁ PATRIMONIO?
A capoeira conforme citado pelo ex-ministro da cultura Gilberto Gil em discurso na ONU em 2004 é uma Atitude Brasileira que reconhece uma história escrita pelo corpo, pelo ritmo e pela imensa natureza libertaria do homem frente à intolerância...
Percorrer a história da capoeira, em cada estado Brasileiro é acompanhar a história do Brasil. A capoeira passou por diversas fases e cada uma delas seria um tema de Mestrado, muitos já estão disponíveis e carregam significados subjetivos importantes para entender o percurso de desenvolvimento de nosso país.
A arte marcial brasileira que hoje é praticada nos sete continentes em mais de 100 países é reconhecida no mundo. Foi reconhecida em novembro pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, mas na pratica não é reconhecida no seu próprio País. Hoje apesar de reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade são irrisórias as verbas publicas que são destinadas para sua Arte Marcial. Mestres e professores sustentam suas academias em milhares de periferias do Brasil, fazendo jornada tripla, nossos trabalhadores, pedreiros, policiais, trabalhadores do cais, doaram seu tempo, seu dinheiro e suas casas para financiar suas escolas de capoeira acolhendo jovens da sua região. Até hoje encontramos essas academias, muitas sendo a única opção de pratica esportiva e cultural na sua região.
Mas porque a capoeira nunca foi aderida como esporte Nacional na pratica? Com leis para implantar a capoeira nas escolas na grade curricular, como acontece com o Taekeando nas Coreias? Porque verbas Municipais, Estaduais e Federais não foram destinadas para as Associações que funcionam nos bairros de todas as periferias de nosso Brasil?
Como explicou excelentíssimo O professor Antônio Natalino Dantas (foto), 69, coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), fez uma declaração considerada preconceituosa por muita gente, de autoridades governamentais a artistas, passando por professores e estudantes.
Ele disse na terça-feira que o baiano é burro, que tem baixo QI (Quociente de Inteligência), e emendou: "O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria".
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2008/05/professor-afirma-que-o-baiano-burro.html#ixzz3NsjCZJcY
Também podemos elucidar estas questões exemplificando como é aplicado o uso das verbas publicas como o caso do reitor Timothy Martin Mulholland.
Mulholland foi acusado pelo Ministério Público de cometer improbidade administrativa. A acusação é de que teria gasto R$ 470.000,00 para a compra de um carro e para mobiliar um apartamento funcional que veio a ocupar com a família por quase um ano, uma cobertura de quase 400m². O dinheiro teria vindo de um fundo de desenvolvimento institucional da UnB. O caso chamou a atenção da opinião pública pela absurda quantia de 900 reais gasta na compra de uma lixeira.
No dia 4 de abril de 2008, a reitoria da UnB foi ocupada por estudantes que exigiam a saída do reitor. Mulholland respondeu dizendo que "não sairia, pois havia sido democraticamente eleito". No dia 10 de abril, porém, Mulholland pediu afastamento do cargo por sessenta dias4 e logo depois renunciou.
Timothy Martin Mulholland foi absolvido pela Justiça Federal do Distrito Federal da acusação de improbidade administrativa. Hamilton de Sá Dantas,juiz federal 21ª Vara da Seção Judiciária do DF, considerou que os gastos não foram usados em benefício do ex-reitor e de Érico Paulo Weidle, decano da administração da UnB, que também foi inocentado. Dantas admitiu o argumento da defesa dos acusados, que alegou que os bens foram adquiridos para o “desenvolvimento institucional” da universidade, destinados à recepção de membros da comunidade acadêmica nacional e internacional.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Timothy_Mulholland
quarta-feira, 21 de maio de 2008
COM A VERBA PARA PESQUISAS CIENTIFICAS, O REITOR DA UnB COMPROU TRES LIXEIRAS DE R$ 2.738,00 E UM ABRIDOR DE GARRAFAS DE R$ 1.400,00
FOTO: As três lixeiras que viraram símbolo do luxo R$ 2.738,00 no apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava e o abridor de garrafas, de R$ 1.400,00, comprado também pelo magnífico ex-reitor.
Nossos gestores poderiam observar que com apenas uma corda o Berimbau levou a capoeira para os quatro cantos, é um instrumento que mais divulga a língua Portuguesa no mundo, atua com jovens de todas as periferias brasileiras educando para diversidade e para o enfrentamento das impunidades. O que nos falta é gente de boa índole que permita que a cultura, o esporte e a educação neste pais possa se desenvolver e chegar ao seu povo e diminuir o abismo social existente desde a época em que os berimbaus tocavam nas senzalas.
Instrutora Malagueta
Axé Camarada